Existem incendiários à solta no concelho de Valpaços. Sabemos que os incêndios florestais geralmente ocorrem em épocas de seca e calor quando a vegetação se encontra com pouca umidade. O calor do sol sobre a folhagem seca, ou sobre galhos e arbusto menores com a força do vento mais fácil facilita o fogo posto de forma espontânea, ou seja, vegetações arbustivas e com muita grama tendem a queimar mais rápido, provoca pequenas faíscas que acabam por queimar a vegetação que já se encontra seca. Após iniciado o incêndio, a fumaça e os ventos quentes em torno dos locais em chamas contribuem para secar ainda mais o que resta da vegetação que se encontra em volta, ajudando o incêndio a espalhar-se. Seria muito diferente se as florestas e terrenos ao abandono estivessem limpos.
Lembram-se os Paradelenses do Incendio que aconteceu em Setembro de 2009 em Paradela? Foi um incêndio bastante violento visto rondar vários aglomerados populacionais e queimando uma vasta área de floresta e algumas culturas. Foi uma tragédia como há muito se não via por estas paragens. Pois bem, como que se não bastasse repetiu-se a tragédia em Agosto de 2013 não só em Paradela mas em quase toda a freguesia de Santiago, começando o incendio por volta das 6 da manhã em Vilela e acabando no Pereiro já noutra freguesia durante mais de 24 horas.
O incêndio espalhou-se por diferentes pontos da freguesia, rondando as aldeias por onde passava pondo em perigo as populações provocando o caos.
Suspeitou-se que foi fogo posto, por isso existem incendiários à solta no nosso concelho e esta constatação obriga a fazer um apelo às autoridades, para a necessidade de punir fortemente quem provoca este tipo de criminalidade pública, como também prevenir e perseguir este bando de criminosos.
VEJAM AS IMAGENS EM VIDEO ABAIXO.
AJREIS
No Sábado à noite, dia 24 de dezembro de 2011, a seguir a consoada, cumpriu-se mais uma vez a tradição da Fogueira de Natal na Aldeia de Paradela.
Este ano os preparativos para a Fogueira iniciaram-se mais uma vez com a participação da já pouca juventude da nossa aldeia, com a recolha da lenha nas matas e terrenos que circundam a nossa Aldeia pelo Incansável Paulo Andrade com o apoio das suas máquinas (trator e retroescavadora) Tiago, João, Daniel, Fredo, e outros, que durante toda a tarde cortaram e transportaram a lenha para o Largo da Aldeia.
Depois da consoada, deu-se início ao acendimento da Fogueira, enquanto as pessoas iam chegando e se reuniam à sua volta, para se aquecerem e partilharem os votos de boas festas entre todos. Mais tarde lá chegou o acordeão e a concertina, num verdadeiro espírito de Natal tocavam e cantavam as cantigas de tempos passados. Durante algumas horas a presença das gentes desta aldeia em volta da fogueira, manteve-se onde não faltou a música, a alegria, a bebida, muita conversa e muita animação. Para alguns este encontro prolongou-se quase até de madrugada.
O significado da fogueira não deixa de ser religioso, pois relembra o nascimento de Jesus. "Depois que todos se iam apercebendo que Jesus Cristo estava para nascer a qualquer momento, os pastores reuniam-se então, em conjunto, à volta da fogueira, e em vigilância, à espera da revelação do acontecimento".
Na nossa aldeia esta tradição representa acima de tudo um encontro de amigos.
Bem hajam a todos aqueles que não deixam cair no esquecimento esta tradição.
Cliquem no vídeo fotos abaixo.
Fogueira (ou madeiro) de Natal é uma tradição muito antiga, que felizmente teima em persistir nas aldeias de Trás-os-Montes e um pouco por todo o País.
Paradela ainda não é excepção.
No dia que antecede a noite de Natal, os jovens da Aldeia de Paradela juntam-se e partem em grupo, montados em tractores (antigamente era em carros de vacas ou Bois) em busca de troncos ou sapatas de castanheiro para a fogueira. Toda a madeira serve, seja pinho, carvalho ou castanheiro, assim como se aproveita toda a espécie de lenha miúda principalmente as giestas. A escolha do local para a fogueira já está com marcação certa há muitos anos, - O largo do “Rigueiro”. A busca da lenha é quase combinada com o proprietário, normalmente não há quem se oponha à «pilhagem» na sua propriedade, uma vez que é para reunir as gentes da Aldeia num ambiente amistoso e festivo. Quem quiser evitar que as sapatas de castanheiro lhes saiam do souto, arrecada-as de véspera.
Aos poucos a fogueira vai crescendo no Largo do “Rigueiro” o maior largo da aldeia, atingindo uma altura razoável. A seguir à sempre farta consoada pela tradição pegam fogo a monte de lenha, que rapidamente larga altas labaredas, fazendo arredar o povo que se aproxima.
Há quase que uma obrigação de passar por perto da fogueira, onde se aquecem por instantes, comentam a dimensão da fogueira e falam de peripécias de outros tempos. Depois alguns, principalmente os mais velhos refugiam-se em casa, porque a noite está normalmente gélida. Muitos porém não arredam do braseiro e, ao desafio, batem com mocas ou com as botas nos tocos incandescentes, fazendo largar “choinas”, ou faúlhas. Ali se medem forças pela noite dentro, até que alguém convida para beber um copo, sempre acompanhado com os fritos do Natal. O convívio ganha novo interesse quando os rapazes já bem, “regados “com bom vinho novo, fazem a festa e ali de se mantêm até ao nascer da manhã, hora em que os mais resistentes abandonam a fogueira e se dirigem a casa.
A boa fogueira por vezes dura até à noite de Ano Novo, o que, sucedendo, é motivo de grande orgulho para a rapaziada que esse ano se encarregou de garantir a tradição da fogueira de Natal.
A fogueira é um costume antigo que teima em persistir nas aldeias, esperamos que aconteça por muitos anos.
Vejam o Vídeo abaixo do trabalho da Rapaziada, que bem merecem os parabéns pela disponibilidade e vontade, não olhando a meios para o conseguir.
Este Blog tem o objectivo de dar a conhecer aos Paradelenses e a quem o visitar alguns acontecimentos que de alguma forma estão ligados a Paradela.
Tem também o objectivo de não deixar cair no esquecimento o local onde nascemos, pois é assustador ver o interior do País (Concelho de Valpaços é disso exemplo) aldeias a serem varridas do mapa de Portugal pelo abandono dos seus habitantes, que bem sabemos quais são as razões principais dessa desertificação. Mas o tema principal que me levou a publicar este Post, que passour na SIC intitulado “Portugal tem Talentos” o David Costa é filho de Cristina Costa nascida e criada em Paradela . O David foi um espectáculo pois neste concurso que era de temas diversos desde a dança ao canto foi à final e ficou em segundo lugar. Parabéns
Vamos honrar a nossa Padroeira com mais uma festa?
Aldeia de PARADELA pertence à freguesia de Santiago R. Alhariz do circulo eleitoral do concelho de Valpaços, tem cerca de 90 habitantes, mas continua a resistir
Na secular aldeia de Paradela, concelho de Valpaços, restam apenas cerca de 90 ou talvez menos, dos cerca de 200 moradores de há meio século.
Maria nasceu nesta aldeia há quase 70 anos, localidade onde casou, teve oito filhos e de onde nunca saiu. Maria ainda se recorda de quando havia muitas crianças a frequentar a escola primária de Santiago, já que a sua aldeia nunca teve edifício escolar. Actualmente esta escola ainda é frequentada por algumas crianças, tudo porque prevaleceu a ideia de fechar outras escolas da freguesia e canalizaram todas as crianças para esta escola, senão já teria fechado.
Maria , nunca foi à escola, logo que começou a crescer começou a trabalhar no campo e ainda hoje passa parte dos seus dias a “rebunhar” o quintal lá de casa, aconchega o orçamento e mata a saudade. Para além do seu marido António, ninguém mais vive com Ela, dos oito filhos que teve nenhum deles lhe quis fazer companhia o ano todo, emigraram, foram à procura duma vida melhor, são os vizinhos (já poucos) que lhe fazem companhia. “Aqui lá se vai passando o tempo devagar, conversa-se menos e há sossego a mais”, garante.
Os seus filhos já há muitos anos que emigraram, tal como a maior parte das pessoas que nasceram em Paradela, para países como a França, Suíça, Canadá, América, Luxemburgo, Bélgica , convém lembrar que existe muitos Paradelenses espalhados pelo País: Lisboa, Porto, Coimbra, Santarém e outras terras ou cidades deste Portugal, e aqueles que nos anos trinta ou quarenta, foram para o Brasil e nunca mais voltaram. É no Verão e por vezes no Natal que alguns regressam e trazem “mais alegria, animação e barulho” à aldeia. Maria, 70 anos, diz viver feliz num lugar onde os habitantes são cada vez menos, apenas triste pela lembrança e ausência dos seus filhos e netos e onde muitas habitações, se encontram vazias ou abandonadas.
“Não sinto a solidão, porque durante o dia ando entretida a trabalhar ou no campo ou então com as lides domésticas”, confessa Maria que diz que é a televisão a principal companhia nas noites frias de Inverno.
Conversas na rua
Quando o tempo aquece os vizinhos saem mais à rua para conversar e ainda há quem vá até à aldeia mais próxima para rever amigos ou tomar um café. A Feira realizada em Carrazedo ou em Valpaços é um dos locais que dá para saciar os mais saudosos e aproveita-se para comprar consumíveis para casa. É que em Paradela não há mercearia, por isso mesmo os bens alimentares são comprados nas carrinhas que se deslocam algumas vezes por semana à aldeia.
Antigamente os campos à volta de Paradela andavam todos “amanhados” com todo tipo de cultura, Maria lembra-se bem da cultura do linho que se fazia nos anos quarenta o centeio e o trigo e alguns rebanhos pastavam pela encosta da fraga, com menos mata que agora. Quem não se lembra dos bois ou das vacas que quase todos tinham, quem não se lembra dos muitos jumentos e das éguas e cavalos “Agora nada disto existe, alguns tractores lá vão amanhando alguma terra. Em Paradela ainda existe alguns “Burros”, vacas nem velas e nós cultivamos apenas aquilo que é preciso para o nosso sustento como batatas, feijão, alface ou cebolas”, contou Maria . “A saúde por aqui não é do melhor, a aldeia tem um ror de pessoas já com alguma idade, mas não nos podemos queixar, estes ares são bons, Muitas vezes são os vizinhos quem “valem” nos “momentos de aflição”, mas Maria diz que as pessoas na aldeia “pouco adoecem”. “As pessoas são resistentes como a paisagem”, afirmou.
A paisagem rodeia a Aldeia de uma forma quase peculiar, dum lado montanha e doutro terra quase quente como dizem por aqui: (TERRA QUENTE) onde se dá tudo. A vista é deslumbrante: encosta ligeiramente inclinada em direcção ao concelho de Valpaços que se perde de vista até Espanha. Paradela tem neste momento à disposição de alguns turistas que queiram descansar e desfrutar dum merecido sossego, uma casa de Turismo Rural com todas as condições e comunidades. Porque não despertar este tipo de actividade e proporcionar aos habitantes das grandes cidades o saber de como é viver numa aldeia quase deserta. Seria bom que pessoas que queiram ter uma segunda habitação, para passarem os seus fins-de-semana mais descansados o façam nestas aldeias, comprando ou restaurando algumas destas casas, nos últimos tempos, existe já exemplos destes em algumas aldeias históricas de Portugal. Essas pessoas passaram a gostar da aldeia, que transformaram e deram mais vida, nem que seja só habitação para as férias.
A.Reis tem 50 anos saiu cedo da terra que o viu nascer (13 anos), e desde aí que nunca deixou de ir a Aldeia ou passar férias ou simplesmente visitar os seus familiares. “Gosto de vir cá de vez em quando mas é mesmo só para descansar e rever velhos amigos e familiares. Aqui anda tudo muito devagar o que há para fazer faz-se hoje ou amanhã não há pressas”. citou.
se quizerem saber o local exato onde fica Paradela carregem neste link:
Maria Madalena é descrita no Novo Testamento como uma das discípulas mais devotas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana, sendo celebrada no dia 22 de julho. É também comemorada pela Igreja Luterana com festividades no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa. O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.
De acordo com o Novo Testamento, Jesus Cristo expulsou sete demônios de Maria Madalena, argumento suficiente para que ela acreditasse que ele realmente fôsse o Messias. (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Madalena esteve presente na crucificação e no funeral de Cristo, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55). No sábado após a crucificação, saiu do Calvário rumo a Jerusalém com outros crentes para poder comprar certos perfumes, a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Cristo havia ressuscitado e que devia informar tal fato aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18). Nada mais se sabe sobre ela a partir da leitura dos Evangelhos Canônicos.
Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida de seus pecados que pediu perdão a Cristo. Este episódio é freqüentemente identificado com o relato de Lucas 7:36-50, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.
O Evangelho de Maria Madalena traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria de Magdala. Segundo este evangelho, ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais.
"O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia... Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça. Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo: Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aqueles que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino."
"Pedro disse: "O Salvador realmente falou com uma mulher sem nosso conhecimento? Devemos nos voltar e escutar essa mulher? Ele a preferiu a nós?". E Levi respondeu: "Pedro, você sempre foi precipitado. Agora te vejo lutando contra a mulher como a um adversário. Se o Salvador a tornou digna, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece muito bem. Foi por isso a amou mais que ama a nós"."
Melhor que um sonho é um sonho realizado.
Quando escrevo que Paradela é uma aldeia com tendência à desertificação, não o digo por dizer, reparem nestas fotos abaixo. Esta casa, já foi casa de familia abastada para a época, agora meus amigos é Lixo e pedras, algumas dessas pedras estão na eminência de rotura com o passado onde tantos anos permaneceram.
Valpaços foi elevada a vila em 1861, através de decreto real de 27 de Março, assinado por D. Pedro V. Em 1936, chegava finalmente a sua representação heráldica. Agora revista para uma coroa de cinco castelos dado que passou a cidade em 1999.
Os meus links